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Doenças respiratórias aumentam 128% em crianças de até 4 anos após pandemia

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Flexibilização das medidas de proteção contra a Covid-19 fizeram casos disparar entre 2020 e 2021

O relaxamento do isolamento social e das medidas de proteção contra a Covid-19 influenciaram no aumento expressivo do quadro de doenças respiratórias em crianças de 1 a 4 anos, beneficiárias de planos de saúde. Entre 2020 e 2021, período de flexibilização da pandemia, essa faixa etária foi atingida 128% mais por infecções que afetam as vias aéreas, como asma, bronquite, pneumonia, dnetre outras. Os casos cresceram exponencialmente saltando de 1.308 para 2.994. 

Os dados são de um estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), desenvolvido a partir do banco de informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A pesquisa mostrou ainda que a faixa etária pediátrica de 1 a 4 anos também foi a que teve mais registros de infecções por Covid-19. Em 2020 foram 492 casos, número que pulou para 1.260 no ano seguinte, uma alta 156,1%. 

O superintendente executivo do IESS, José Cechin, explica que uma das possíveis razões para esse alto índice de diagnósticos em crianças menores de 4 anos pode ser o fato de que nessa idade elas estão começando a ter mais contato social. “Nessa faixa etária, normalmente, elas frequentam creches, que são pontos de infecções muito comuns,” enfatizou.

Cechin destaca que os casos e internações por doenças respiratórias tiveram um pico de queda muito grande em 2020, retomando em 2021, mas não chegando aos níveis de 2019. “Em 2020, todo mundo ficou em casa. Em 2021, houve um certo relaxamento do isolamento social. Por isso, essa manifestação. O que nos mostram com clareza que os cuidados, como uso de máscara, lavagem das mãos, evitar certos contatos, é muito eficaz na redução de contaminação de problemas respiratórios.” 

Pedro Nogueira, atualmente com 5 anos, sofria de alergias esporádicas, mas que eram controladas com medicamentos. O garoto teve Covid-19, e as crises alérgicas se agravaram algum tempo depois. “Ele começou a dizer pra mim que não conseguia respirar, e aí eu reparei que ele ficava puxando o ar. Então, eu o levei ao médico no ano passado, e ele foi diagnosticado com asma. Agora, ele usa “bombinha” constantemente,” contou a assistente financeira Fernanda Nogueira, mãe do menino.

O estudo revelou ainda que a Região Sul foi a que apresentou maiores variações em relação ao aumento de incidência de doenças respiratórias em crianças no país, entre 2019 e 2021. A Região Sudeste aparece logo em seguida. Para Cechin, os motivos que fazem a regional Sul liderar o ranking podem ter ligação com o clima, a umidade e o frio do território sulista. Já a poluição e questões ambientais estão entre os fatores influenciadores para dar o segundo lugar ao Sudeste.