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Governo tenta antecipar lote de vacinas pediátricas contra Covid

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Ministério da Saúde informou que há desabastecimento de doses para o público infantil em estoque; atual contrato com a Pfizer prevê entregas no final de janeiro

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou que a pasta negocia a antecipação da entrega pela Pfizer de vacinas pediátricas contra a Covid-19. De acordo com ela, há um contrato em andamento, com previsão de entrega no final de janeiro, de 4,2 milhões de doses para crianças de seis meses a quatro anos de idade, e de mais quatro milhões para o público de 5 a 11 anos.

O assunto está sendo tratado em reuniões diretas do novo governo com representantes da Pfizer. A negociação ganha importância porque há desabastecimento dos estoques pediátricos, segundo a secretária. Na contramão, há doses disponíveis em estoque para a vacinação de adultos. Apesar disso, Maciel avaliou a atual cobertura vacinal como “lastimável”. “Nós estamos recebendo uma cobertura no Brasil bastante preocupante. A cobertura de duas doses não chega a 80%, e a cobertura do que nós consideramos do esquema de duas doses mais a de reforço não chega a 50%. Isso é gravíssimo, principalmente nesse cenário que se apresenta de uma nova variante”, afirmou.

Segundo ela, políticas de ampliação da cobertura vacinal se fazem necessárias pela identificação da nova variante Kraken, ou XBB.1.5, já identificada no Brasil. Há o plano, ainda, de antecipar a campanha de vacinação programada para ocorrer simultaneamente à ação contra gripe, em abril. As ações serão debatidas em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde e a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) – esta última que terá o sigilo de informações revogado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ethel Maciel informou ainda que há discussões para ampliar o público adulto apto à quarta dose da vacina contra Covid – ou segunda dose de reforço. Ela destacou, porém, que não há indicação científica para a aplicação da quinta dose. “Nós ainda não temos essa indicação. A ciência retornou a essa casa, nós nos pautamos em evidências científicas. O que nós temos até o momento é que, se as pessoas têm três doses, não há necessidade dos públicos que não são vulneráveis, de ter uma nova dose. Até o momento, porque tudo pode mudar. Nós estamos em uma pandemia”, declarou, frisando a orientação da ministra da Saúde, Nísia Trindade, em seguir a Organização Mundial da Saúde (OMS).