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Casos de dengue em MG explode com aumento de 340% nos casos e de 950% nas mortes

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Entre janeiro e novembro destes anos foram mais de 66 mil diagnósticos, no mesmo período de 2021 o número era de 15 mil.

Minas Gerais está em alerta diante do aumento de casos de dengue e, consequentemente, das mortes provocadas pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Somente de janeiro a novembro deste ano foram mais de 66 mil diagnósticos, sendo que, no mesmo período de 2021, o número era de 15 mil, aumento de 340%. Os óbitos também tiveram elevação de seis para 63.

            A preocupação em relação à enfermidade se dá pelo fato de ainda não termos iniciado o período do verão, época do ano com patamares mais elevados. “O aumento no número de mortes é proporcional ao número de casos. O ano de 2022, apesar de não ser ano epidêmico tem sido muito característico, pois estamos tendo epidemias localizadas. Muitos casos em municípios pequenos”, diz a coordenadora estadual de Vigilância das Arboviroses, Danielle Capistrano.  O crescimento significativo do número de casos da doença, de acordo com a epidemiologista Luana Araújo, guarda relação, principalmente, com a falta de ações mais enfáticas de controle da proliferação do Aedes aegypti. O foco maior no combate à Covid-19 acabou gerando um comportamento de ‘cobrir um santo e descobrir outro’, segundo ela.

            A especialista salienta que, ao longo dos anos, sempre houve uma resposta oscilante em relação à dengue no país, ou seja, em algumas épocas há mais casos, em outras, menos. No entanto, nunca se esteve perto de transformar a enfermidade em uma doença pouco importante. Por isso, é tão relevante redobrar os cuidados e não se esquecer de nenhuma ação de combate, mesmo em meio a outras preocupações, como com o coronavírus. 

            O infectologista Leandro Curi também salienta que, atualmente, tem sido visto um número menor de campanhas em relação aos riscos e cuidados com a dengue, o que reflete diretamente nos números da doença.

            O período chuvoso requer mais atenção de todos, conforme explica a coordenadora estadual de Vigilância das Arboviroses, Danielle Capistrano. “Estamos entrando agora no período sazonal da chuva. Temos o acúmulo de água, aumento da temperatura, e, por sua vez, o aedes e as transmissões da doença”. É importante lembrar que, além da dengue, o mosquito transmite a chikungunya e o zika vírus. Para o aedes realizar todo o ciclo e conseguir transmitir as doenças ele precisa de água parada e, muitas das vezes, o perigo está dentro das casas. “Os patamares mais altos para a dengue criam o alerta citado para que a população não deixe água parada. Várias pesquisas mostram que o vetor está em mais de 80% dentro dos domicílios”, afirma Danielle.