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Mais de 6 mil amputações de membros inferiores foram feitas em 2022 por Diabete

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De janeiro a agosto deste ano, foram registradas 6.662 amputações de membros inferiores, pelo SUS, em decorrência de diabetes, uma média de 54 casos por dia.

PREOCUPANTE – De janeiro a agosto deste ano, foram registradas 6.662 amputações de membros inferiores, pelo SUS, em decorrência de diabetes, uma média de 54 casos por dia.        A última edição do IDF Diabetes Atlas, da Federação Internacional de Diabetes (IDF), divulgada no fim do ano passado, apontou que 15,7 milhões de brasileiros viviam com diabetes em 2021, um crescimento de 3,3 milhões em 10 anos, quando o país tinha 12,4 milhões. Na ocasião, a IDF também projetou que, até 2030, o Brasil deve ter 19,2 milhões de pessoas com diabetes, número que sobe para 23,2 milhões em 2045.       De janeiro a agosto deste ano, foram registradas 6.662 amputações de membros inferiores, pelo SUS (Sistema Único de Saúde), em decorrência de diabetes, uma média de 54 casos por dia. No mesmo período de 2021, o número foi um pouco menor – 6.226. Pessoas com diabetes apresentam potencial para o surgimento de úlceras nos pés, uma das complicações mais comuns e que podem levar à amputação de um membro ou parte dele. Estima-se que 25% dos pacientes com diabetes desenvolverão pelo menos uma úlcera do pé durante a vida.  O presidente da ABTPé explica que existem vários tipos de lesões que acometem o pé diabético, causados pela perda da sensibilidade e a diminuição da circulação sanguínea. Algumas são: Neuropatia diabética: Perda da função dos nervos do pé, principalmente da sensibilidade dolorosa e tátil, dificultando a percepção do paciente em notar lesões ou contusões. Úlceras diabéticas: Feridas abertas ocasionadas por aumento da pressão local ou por ferimento (corte) na pele. Infecção:O paciente diabético com infecção grave apresenta mal-estar geral, febre e aumento dos níveis de açúcar no sangue.  Artropatia de Charcot: São lesões ósseas. O paciente com diabetes também perde a sensibilidade para fraturas, deslocamentos ou microtraumas ocorridos nos ossos do pé e tornozelo, o que exige um tratamento diferenciado. Dependendo da gravidade, o tratamento pode ser imobilização por gesso, órtese ou até mesmo cirurgia reconstrutiva.       O especialista orienta, examinar os pés pelo menos uma vez ao dia, tanto à procura de calos e úlceras, quanto para verificar micoses e rachaduras. “Também procure manter os pés hidratados para evitar rachaduras cutâneas e infecções secundárias e não tente retirar calos, limpar úlceras ou cortar as unhas sozinho”, conclui.