Minas Gerais corre sério risco de ver o retorno de doenças como a Poliomielite entre as crianças da maior parte de seus municípios. A constatação foi apresentada durante audiência pública na Comissão de Educação, Ciência e Tecnologiada Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na última quarta-feira (9) e acende um alerta entre especialistas de saúde de todo o estado.
A diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde, Marcela Lencine Ferraz, apresentou dados e ressaltou que 765 municípios mineiros, 89% do total, estão com a classificação de risco alta para a reintrodução de doenças imunopreveníveis, que podem ser evitadas com a vacinação, como a poliomielite, sarampo e influenza. “Não atingimos nenhuma das metas nacionais nas campanhas de vacinação desse ano. Temos um contingente importante de crianças que precisam ser vacinadas. Contra a Poliomielite tivemos 84%, a meta era 96%. Parece uma diferença pequena, mas esse passivo vai acumulando ao longo dos anos e desde 2016 estamos tendo quedas muito expressivas. O risco de recrudescimento de doenças que estavam sob controle é muito real”, aponta.
A função de uma vacina é ensinar o organismo a se defender de um vírus ou bactéria através de uma versão sua enfraquecida ou inativa. Assim, quando a pessoa vacinada entra em contato com o microrganismo, tem uma boa resposta imunológica, tornando-se imune àquela doença. A prática da imunização é centenária. Cuide de quem você ama, vacinas salvam vidas!