Apesar do aumento de casos de Covid-19, o governo de Minas descarta voltar a recomendar aos municípios a obrigação do uso de máscaras. Desde maio deste ano, o Estado não possui estipula mais essa orientação às cidades mineiras. Especialistas defendem o uso do acessório para evitar a contaminação pelo vírus.
Em nota enviada na última terça-feira (15), a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) afirmou que o número de novos casos é “relativamente baixo se comparado aos momentos mais críticos da pandemia”. A pasta também garante não haver sobrecarga no serviço de saúde, com base em internações diárias. A Saúde reforça que o uso da máscara é facultativo e segue indicado para “pessoas que apresentem sintomas gripais e os grupos mais vulneráveis, como idosos e portadores de comorbidades, especialmente em locais de aglomeração”.
Vale lembrar que municípios têm autonomia, garantida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para adotarem medidas próprias de enfrentamento à pandemia de Covid-19. Com isso, a ausência de uma recomendação do Estado não impede que cidades determinem a obrigatoriedade do uso de máscaras. Nesta semana, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, emitiu uma nota técnica em que voltou a recomendar o uso da máscara no Brasil. O alerta vale principalmente para quem teve contato com pessoas sintomáticas, a população com fatores de risco e os profissionais que trabalham em locais fechados e com pouca ventilação.
O governo de Minas também reforçou que vacinação é a melhor maneira de evitar casos graves da doença. Por isso, pede a quem não se vacinou que se imunize. Segundo a Saúde, são estudadas estratégias junto a municípios para melhorar a cobertura vacinal.
Especialistas recomendam que a população use o item, em meio ao aumento de casos de uma subvariante da Ômicron, cepa mais transmissível da Covid-19. Membro do Comitê Científico de Covid-19 da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o infectologista e epidemiologista Carlos Starling, que integrou o comitê municipal da doença na pior fase da pandemia, declarou que o município de Belo Horizonte já deveria estar recomendando a volta do uso de máscaras de proteção, sobretudo, em ambientes com aglomeração de pessoas, como escolas e no transporte público.