Devido a um vazamento de oxigênio no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII o centro de saúde não está recebendo novos pacientes. De acordo com fontes ligadas à unidade, ao menos sete ambulâncias do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não conseguiram ter acesso ao hospital durante esta quarta-feira (21). Pacientes e familiares estão desesperados com a situação.
Um servidor do local disse, sob a condição de anonimato, que ocorreu uma avaria em um dos canos que abastece a estrutura do hospital. O principal problema, na visão do funcionário, é que cilindros de oxigênio individuais estão sendo utilizados ao invés do sistema central. Esses cilindros, no entanto, tem um tempo de uso, o que o preocupa. “Tem que ficar repondo, se acabar, acabou”, disse. O funcionário reclamou ainda da estrutura do hospital. “A manutenção não é eficaz, o hospital está cada vez mais abandonado, estamos desassistidos. Nosso receio, como funcionário, é que possa ocorrer algo pior e que a gente não tenha infraestrutura para receber os pacientes”
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), responsável pelo hospital, informa que houve, no início da tarde de quarta-feira (21), avarias na tubulação de oxigênio do Hospital João XXIII, causadas por um acidente no momento de intervenção estrutural rotineira. A equipe de manutenção já se encontra no local e os reparos serão finalizados no menor prazo possível. Está garantida a assistência aos pacientes internos que necessitam de suporte ventilatório. Por segurança, a entrada de casos na urgência foi suspensa até que seja restaurado o dano.
No último dia 26 de agosto, um grande vazamento de oxigênio fez com que exames, cirurgias, visitas e até o fluxo de admissão de novos pacientes fossem prejudicados no Hospital João XXIII. A informação e vídeos do momento foram divulgados pela Associação dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais (Asthemg).
Segundo uma fonte da entidade, que preferiu não ser identificada, na hora do vazamento funcionários foram proibidos de fazer vídeos, mas alguns conseguiram fazer imagens escondidas. “Foi por volta das 13h na tubulação de oxigênio que passa por todo o hospital, nos canos que passam no térreo, onde tem os ambulatórios, as salas de exames. Precisou interditar e tirar os pacientes que estavam nestes espaços”, detalhou.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a corporação foi acionada por volta das 13h44, sendo identificado que o problema foi causado pelo rompimento de uma mangueira de oxigênio.
