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Procrastinação: uma dívida que se acumula, e possível evitar?

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A procrastinação é como um cartão de crédito, gerando prazer na hora do gasto, mas juntamente uma dívida que se acumula.

TEMPO – A procrastinação é como um cartão de crédito, gerando prazer na hora do gasto, mas juntamente uma dívida que se acumula.       O brasileiro desperdiça todos os dias cerca de 3h31 horas diárias, segundo estatísticas da Hootsuite, com redes sociais. Estes dados não são estimativas, e sim números reais, levantados diretamente do celular das pessoas. São literalmente quase 2 meses a cada ano, todos os anos, subtraídos da vida.      Esses números impressionantes são provenientes de padrões cerebrais que nos levam para a procrastinação, quando a pessoa até deseja fazer algo, mas o cérebro dela não. Daí surgem as distrações, a desviada de olhar para redes sociais, a vontade de ir pegar um café, dentre outros comportamentos clássicos que geram um alívio momentâneo.      Até que a pessoa chega em um ponto em que não importa o que decidir para ela mesma, ela perde o controle de si mesma. Agora imagine o inverso, como seria o mundo se esse comportamento não existisse? Seguramente não só o próprio nível de vida da pessoa estaria melhor, mas como este é um problema sistêmico, a humanidade teria atingido muito mais também. Mais criatividade, projetos incríveis, amizades, tempo para a família….      O procrastinador não procrastina por acaso. O cérebro é uma máquina incrível e está constantemente mapeando e calculando o que acontece ao nosso redor: tanto os estímulos que recebe, quanto o esforço necessário. Sempre será mais estimulante a distração, e ela envolve menos esforço, então naturalmente será a preferência do cérebro. Todo procrastinador espera o último momento para entrar em ação, quando a pressão externa, seja dos prazos, do medo do prejuízo, ou do julgamento alheio ficam tão insuportáveis que ele faz o que precisa ser feito. Até lá, vai deixando tudo para depois, ocupando o tempo com qualquer outra coisa que traga prazer imediato. A procrastinação é uma força, assim como a gravidade. E da mesma forma, assim como a gravidade não pode ser eliminada, mas mesmo a existência dela não impede que um avião voe. Assim como o ansioso se torna mais ansioso, o procrastinador se torna mais procrastinador porque foi treinado a preferir a gratificação imediata. Pouco a pouco, de forma inconsciente, ele vai intensificando o padrão, afinal foi ele quem ensinou o cérebro a agir dessa forma. Para isso, é preciso procurar a causa do problema, que está dentro de cada pessoa. Mais precisamente, nos estímulos que são oferecidos ao cérebro todos os dias, a cada segundo.     É um fato que todas as pessoas precisam descansar. O descanso deve recuperar energia. As atividades que um procrastinador faz nem sempre servem para recuperar energia e sim, para fazer uma compensação que tira a mente dos problemas, faz a pessoa desconectar da própria vida. Esquecer o problema pode ser bom, mas só no curto prazo. A procrastinação é como um cartão de crédito, gerando prazer na hora do gasto, mas juntamente uma dívida que se acumula.       A procrastinação é um comportamento altamente destrutivo que pode deixar uma pessoa refém dela. Para viver uma vida de qualidade, experimentando a satisfação de participar do mundo, é preciso eliminar a procrastinação na causa e não no sintoma. É preciso aprender a encontrar razões claras que estão causando, e então agir para recondicionar o cérebro de forma estratégica para criar uma nova forma de agir. Evitando que esse padrão continue se fortalecendo.