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Comportamento suicida conheça 6 mitos

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O ato suicida nem sempre envolve planejamento, em muitos casos, a pessoa pode cometer suicídio por impulso.

   Nos últimos 20 anos, segundo dados do DataSUS os suicídios no Brasil subiram de 7 para 14 mil, mais de um a cada hora, sem contar os casos que não foram notificados. O Brasil está na contramão do mundo nesse quesito, uma vez que a média mundial de suicídio teve uma queda de 36% entre 2000 e 2019, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O comportamento suicida envolve uma interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais, o ato suicida nem sempre envolve planejamento, ou seja, em muitos casos, a pessoa pode cometer suicídio por impulso, sem ter demonstrado previamente a intenção.

   A depressão é a principal causa de suicídio um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro apontou um aumento de 90,5% nos casos de depressão entre os brasileiros, desde o início da pandemia.Segundo ela, erros e preconceitos vêm sendo h repetidos, contribuindo para a formação de um estigma em torno da doença mental e do comportamento suicida.

  Para auxiliar o entendimento e desmitificar o tabu em torno do assunto, a especialista listou os principais mitos acerca do comportamento suicida:

  Quando a pessoa pensa em se suicidar, há risco para o resto da vida?

Falso. O risco de suicídio pode ser eficazmente tratado e, após isso, a pessoa não estará mais em risco.

  As pessoas que ameaçam se matar só querem apenas chamar a atenção?

Falso. A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. Boa parte dos suicidas expressou seu desejo de se matar, para médicos, familiares ou amigos.

  Se uma pessoa que pensava em suicidar-se, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, significa que o problema já passou?

Falso. Se alguém cogitou o suicídio, mas depois aparenta estar tranquilo, não significa que tenha desistido da ideia. Uma pessoa que decidiu suicidar-se pode se sentir aliviado simplesmente por ter tomado a decisão de se matar, passando aos outros a impressão de que já está tudo bem.

  Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive a uma tentativa de suicídio, está fora de perigo?

Falso. Um dos períodos mais perigosos é quando se está melhorando da crise que motivou a tentativa, ou quando a pessoa ainda está no hospital, após uma tentativa felizmente fracassada. A semana que se segue à alta do hospital é um período em que a pessoa está particularmente fragilizada. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida, muitas vezes, continua em alto risco.

Não devemos falar sobre suicídio, pois isso pode aumentar o risco?

Falso. Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Muito pelo contrário. Falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia  que esses pensamentos trazem.

O suicídio é uma decisão individual, já que cada um tem pleno direito a exercitar o seu livre arbítrio?

Falso. Os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade, interferindo em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio.