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Unicef alerta para queda da vacinação infantil em Minas

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No Brasil, a vacinação de rotina para crianças menores de 5 anos vinha sofrendo quedas desde 2015.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou um alerta nos últimos dias sobre a queda da vacinação infantil em Minas Gerais. A organização diz que embora a queda já tenha sido percebida antes da pandemia, o confinamento agravou a situação.

De acordo com dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde, a cobertura de tríplice viral caiu de 97% em 2019 para 79,8% no ano passado. Já a de poliomielite foi de 88,5% para 73,8% em dois anos. Ambas as coberturas vacinais também caíram no Brasil durante o período.

Segundo a Unicef, a interrupção de alguns serviços da saúde e o medo das pessoas de se contaminarem durante a pandemia “deixaram inúmeras crianças sem acesso à imunização”. 

De acordo com Stephanie Amaral, oficial de Saúde do Unicef no Brasil, na primeira infância, crianças recebem imunização contra, pelo menos, 17 doenças e o declínio nas taxas de vacinação coloca milhões de crianças e adolescentes em risco de doenças perigosas, e evitáveis. “Quanto mais crianças não tiverem acesso às vacinas, mais fácil se torna a propagação de doenças. Bolsões de comunidades subimunizadas e não imunizadas podem levar a surtos em diferentes regiões do globo e à volta de doenças erradicadas em diversos países. No Brasil, a vacinação de rotina para crianças menores de 5 anos vinha sofrendo quedas desde 2015. E a pandemia certamente contribuiu ainda mais para o agravamento do problema. Para reverter esse cenário, é fundamental fortalecer os programas de imunização e os sistemas de saúde, e incentivar famílias a vacinar as crianças”, avaliou Stephanie.

A Unicef pediu que governos fortaleçam ou restabeleçam “urgentemente os programas de imunização de rotina, desenvolvam campanhas para aumentar a confiança nas vacinas e implementem planos para alcançar todas as crianças e todos os adolescentes e suas famílias com serviços de vacinação; especialmente aos mais vulneráveis que não têm acesso aos serviços de saúde”.