A poluição foi responsável pela morte prematura de nove milhões de pessoas em 2019, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (18) pela revista Lancet, um número que é agravado pela má qualidade do ar e pela presença de poluentes químicos.
Quatro anos depois de um primeiro relatório, a situação não melhorou: quase uma a cada seis mortes prematuras no mundo está associada à poluição, destaca a Comissão obre Poluição e Saúde da Lancet.
A poluição e os resíduos expelidos no ar, na água e no solo geralmente não matam diretamente, mas provocam graves doenças cardíacas, câncer, problemas respiratórios e diarreia aguda.
“Os efeitos sobre a saúde são enormes e os países de renda baixa e média são os mais afetados”, resume o principal ator do estudo e codiretor da comissão, Richard Fuller.
São responsáveis por 92% destas mortes e pela maior parte das perdas econômicas.
“O impacto da poluição sobre a saúde continua sendo muito maior que o da guerra, do terrorismo, da malária, HIV, tuberculose, drogas e álcool. O número de mortes causadas pela poluição rivaliza com as provocadas pelo tabaco”, afirmou.
Em 2019, 6,7 milhões de mortes prematuras são atribuíveis à poluição do ar, 1,4 milhão à poluição da água e 900 mil à intoxicação por chumbo.
“O fato de que a situação do chumbo está piorando, em particular nos países mais pobres, e acelera em termos de número de mortes, é terrível”, declarou Fuller à AFP. (AFP)
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. Foto: Blog Correio Braziliense