Pular para o conteúdo

Médico é acusado de desrespeitar paciente em Policlínica de Mariana

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on telegram
Telegram
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

Ao solicitar atendimento por outro médico a paciente foi informada pelas recepcionistas que era contra as regras internas da Policlínica.

A Redação do Jornal Ponto Final recebeu na última sexta-feira (29) uma denúncia envolvendo um atendimento médico na Policlínica Central de Mariana.

            Segundo a denunciante, Lúcia Gonçalves, após passar pela triagem relatou ter sido mal atendida pelo médico plantonista, Leonardo Pimenta Adaixo de Deus. “Eu procurei a emergência porque estava com a pressão alta, enjoo e com o lado esquerdo do meu corpo todo dormente, não consegui nem andar direito. Tinha recebido também a notícia da perda de uma amiga querida. Quando entrei na sala do médico ele já estava visivelmente sem paciência. Ele mediu minha pressão novamente e ela estava mais baixa do que a aferição da triagem (19/10) e ele disse que o aparelho usado na Policlínica era uma porcaria que ele confiava no dele que era de marca. Minha filha, que me acompanhava, perguntou a ele se ele faria medicação para abaixar a pressão e ele com arrogância e deboche disse que não, que me mandaria para casa e que estava tranquilo porque 15/8 não era uma pressão alta. Ele não encostou em mim em momento algum, me perguntou o que eu esperava e queria que ele fizesse. Minha filha novamente o questionou, perguntando se ele me mandaria para casa mesmo com os sintomas relatados e nesse momento ele alterou a voz dizendo que não disse hora nenhuma que me mandaria para casa completamente desconexo. Foi arrogante, mal educado e desrespeitoso e por esse motivo me retirei da sala e pedi que fosse avaliada por outro profissional” explicou Lúcia.

            Ao solicitar atendimento por outro médico, a filha da paciente foi informada pelas recepcionistas que não poderia porque era contra as regras internas da Policlínica. “O médico apagou a luz, fechou a porta e deixou o consultório com a mochila nas costas. Minha filha só chamou a polícia por ter sido negado o direito de avaliação por outro médico. Eu não estava escolhendo ser atendida por esse ou aquele médico, eu fui mal atendida, não fui avaliada e como cidadã tenho o direito de ser atendida com respeito e não da forma como fui, e após feito o Boletim de Ocorrência, deram um jeito que disseram que não podia, e fui atendida por outro médico que me colocou no soro com as medicações prescritas por ele e que me tratou com respeito. Não dava para esperar o coordenador e nem a ouvidoria no dia seguinte (que era um sábado e a ouvidoria nem funciona), porque foi feito contato com o Elton e com o Danilo e não tivemos retorno naquele momento. Se a Policlínica é 24horas ela precisa ser funcional em todos os aspectos as 24 horas. Eu me senti constrangida, maltratada. O médico foi grosso e minha intenção em denunciar é para que ele trate os pacientes com respeito. Somos nós que pagamos o salário dele, é o mínimo. Não tenho o que reclamar da saúde de Mariana mas dessa vez o atendimento desde as recepcionistas foi péssimo, sem empatia, com despreparo e deixou a desejar” relatou a paciente Lúcia Gonçalves.

            O jornal Ponto Final entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Município que enviou a seguinte nota:

“Tendo como base a Resolução no 2.079, de 14 de Agosto de 2014.

            “…Considerando a necessidade de quantificar e qualificar a equipe média para atuar nas UPA’s e congêneres, de acordo com o número e perfil esperados de pacientes a serem atendidos no local, de forma a garantir a autonomia do médico em seu exercício profissional.

            Considerando as responsabilidades do médico, ética, civil e criminal, como pessoais e intransferíveis…”  Segue resposta do Dr. Leonardo Pimenta Adaixo de Deus, citado na denúncia.

“Meu nome é Leonardo. Sou médico desde 2014 pela prefeitura de Mariana.

Sou muito grato a cidade e o povo de Mariana pela oportunidade do meu primeiro emprego, que foi nesta cidade. Tenho um carinho enorme pelo povo de Mariana.

Tenho muito prazer em servir está cidade. Portanto, sempre procuro atender todos os pacientes com muito respeito e atenção.  Ainda não entendo o porquê a acompanhante da senhora Terezinha se exaltou. E claro, não concordo pelo que estou sendo acusado.

Nesses 9 anos de prefeitura de Mariana e nos meus 34 anos de idade nunca chamaram a polícia para a minha pessoa. Agradeço o direito de retratação. Obrigado”

            Em cumprimento ao Art. 6o da Resolução no 2.079, de 14 de Agosto de 2014. “As diretorias clínica e técnica, bem como a direção administrativa, devem garantir qualidade e segurança assistencial ao paciente e ao médico na UPA”, informo que o diretor clínico, o coordenador geral e o gerente administrativo possuem disponibilidade extraturno para suprir toda e qualquer demanda que venham a surgir.

            Por fim, em resposta ao questionamento sobre um “regimento interno” cito que tal documento não existe, em respeito ao Art. 196 da Constituição Federal “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” e ao trecho do Art. 7o, da Lei no 8080 “IV – igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie”.