Em fevereiro, a pesquisa Índice Sebrae de Confiança dos Pequenos Negócios (ISCON), apontou um aumento de 3 pontos em relação ao primeiro mês do ano, variando de 115 para 118. O ISCON acima de 100 pontos indica tendência de expansão da atividade, igual a 100, de estabilidade e, menor que 100, de retração. A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 20 de fevereiro, com 1.146 donos de micro e pequenas empresas (MPE) e microempreendedores individuais (MEI). A margem de erro é de 2,9 pontos percentuais.
A confiança registrada em fevereiro é resultado da melhor expectativa dos empresários em relação à situação econômica do país para os próximos três meses. Segundo a pesquisa, o Índice de Situação Esperada (ISE) aumentou 6 pontos em relação ao mês anterior (de 132 para 138). Por outro lado, o Índice de Situação Recente (ISR) caiu 2 pontos (de 81 para 79). O ISR e o ISE são subíndices do ISCON, mas o segundo tem peso duas vezes maior na composição do índice. “Também temos que considerar que no período da realização da pesquisa, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia ainda não havia sido iniciada. Por isso, a expectativa para o 2º trimestre do ano pode ser frustrada mediante os impactos negativos deste conflito. Vale lembrar que, como consequência da guerra, o Brasil vem enfrentando a alta nos preços dos combustíveis e alimentos, além da redução da oferta de fertilizantes”, explica o superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha.
Mantendo-se no primeiro lugar no quesito confiança está a Construção Civil, mas sem apresentar alteração no ISCON (124) em relação a janeiro. O setor havia sofrido uma queda de 6 pontos do indicador no primeiro mês do ano. “Apesar de ter se mantido como o setor mais confiante, essa desaceleração nos últimos dois meses pode ter sido provocada pelos efeitos do aumento da inflação e das incertezas da situação macroeconômica do país”, diz o superintendente do Sebrae Minas.
Com um ISCON (120) de 6 pontos a mais que em janeiro, o Comércio foi o setor com maior aumento da confiança. “O controle da pandemia e o avanço da vacinação podem ter impulsionado positivamente as expectativas do setor para os próximos meses. O Comércio foi um dos setores mais impactados pelas medidas restritivas para evitar a propagação da Covid-19, culminando na queda acentuada do faturamento e no fechamento de muitos negócios”, justifica Rocha.
Os Serviços também registraram um aumento no ISCON, porém mais modesto, de 3 pontos (de 116 a 118). Já a Indústria, que havia sofrido uma queda significativa de 6 pontos no ISCON em janeiro, em fevereiro, teve um aumento de 2 pontos (111 para 113) no indicador.