Pular para o conteúdo

Debate sobre agressão verbal e descontrole emocional é levantado após violência no Oscar

Share on whatsapp
WhatsApp
Share on telegram
Telegram
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on email
Email

O assunto virou um dos mais comentados na internet após o caso.

A cerimônia do Oscar 2022 no domingo, 27, foi marcada pelo tapa de Will Smith em Chris Rock, após o comediante fazer uma piada com o cabelo raspado de Jada Pinkett-Smith, mulher do artista. Jada sofre de alopecia, condição que provoca calvície. Smith, que mais tarde levou o prêmio de melhor ator por “King Richard: Criando Campeãs”, não gostou da piada, subiu ao palco e deu um tapa no apresentador.. 

.

O assunto virou um dos mais comentados na internet após o caso. Na avaliação do crítico cultural Leonardo Sanchez, a cena repercutiu não apenas pelo que carrega de insólito, mas também por, em alguma medida, gerar identificação. “Para além da agressividade e do desconforto da coisa, o tapa voou nas redes sociais porque mostrou que celebridades são gente como a gente. Elas também se enfurecem, choram e perdem a linha – como todo mundo faz vez ou outra. Talvez não a ponto de esmurrar uma pessoa, afinal, mais violência não deveria ser a resposta à violência”, lembrando que, “apesar de Will ter sido o que mais se ofendeu, a piada foi feita por um homem com o intuito de zombar uma mulher, justamente por sua aparência”. 

.

A argumentação está alinhada a ponderações feitas pela maioria dos famosos, a exemplo do que disse a atriz Sophia Bush, conhecida após interpretar Brooke Davis, na série “One Tree Hill”. Para ela, a agressão nunca é uma resposta aceitável. “Mas essa é a segunda vez que Chris faz piada sobre Jada no palco do Oscar. Atacar a doença autoimune de alguém é errado. Fazer de propósito é cruel. Os dois precisam de um respiro”, completou. 

.

No mesmo sentido, o psicólogo Adilson Leite Júnior avalia que, nesse episódio, estamos falando de duas violências: uma direcionada à Jada e outra direcionada a Chris. “Evidentemente, no plano ideal, o mais assertivo seria que eles tivessem uma conversa, até para que o humorista entendesse o mal que ele estava causando ao falar de um tema que é sensível para a atriz”, pontua. Contudo, ele pondera que é difícil estabelecer como alguém deveria reagir ao se sentir vítima de uma agressão.