Oito novos desembargadores tomaram posse no último dia 31 em solenidade no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Os mesmos foram eleitos respectivamente pelos critérios de merecimento e antiguidade: Rui de Almeida Magalhães e Maria Cristina Cunha Carvalhaes; Fábio Torres de Sousa e Danton Soares Martins; Luzia Divina de Paula Peixôto e Cristiano Álvares Valladares do Lago; Âmalin Aziz Sant’Ana e Maria das Graças Rocha Santos.
Na saudação aos novos integrantes da Casa, o presidente do TJMG, desembargador Gilson Soares Lemes, destacou que eles corresponderam à vocação e percorreram jornadas repletas de incertezas, adversidades e renúncias, mostrando-se vitoriosos e à altura do compromisso que prestaram. “É sempre uma alegria quando magistrados experientes, íntegros e operosos se somam à nossa força de trabalho”, disse.
O presidente enfatizou, ainda, que eles comungam de princípios que sustentam o Tribunal de Justiça, como ética, respeito, transparência e produtividade. “Alguns anos atrás, resolveram abraçar a magistratura e assumir a delicada e complexa missão de distribuir justiça. Formaram-se em Direito, enfrentaram um concurso concorrido, foram aprovados e iniciaram o exercício. Cada um recorda os obstáculos que precisou enfrentar. Na posse, eram juízes e juízas tomados por um misto de entusiasmo e medo, sentimento que nos atinge diante do novo. Ouso dizer que ainda se lembram da primeira sentença que proferiram e das esperanças que nutriam de contribuir para o bem comum.”
O presidente Gilson Lemes discorreu sobre mudanças, começos e recomeços, despedidas, adaptações e obrigações da tarefa de julgador, como a dedicação e o estudo permanente, a sensibilidade, a capacidade técnica e a responsabilidade. “Eles se debruçaram diariamente sobre páginas carregadas de dramas humanos, de conflitos, de gritos por justiça. Na solidão de decidir destinos, buscando a mais justa interpretação das leis, trilharam suas trajetórias profissionais com brilhantismo, como verdadeiros apóstolos”, ponderou.
Segundo ele, o momento atual é de grandes desafios, mas o Judiciário mineiro tem tentado equilibrar a continuidade da prestação jurisdicional, com qualidade e celeridade, e o cuidado com a saúde de todos. “Já estamos há dois anos enfrentando a pandemia de covid-19, que tem exigido de todos nós o abandono de velhas práticas, a adoção de novas formas de trabalho e a reinvenção da maneira como nos relacionamos em comunidade. A crise sanitária tem testado profundamente nossa capacidade de resiliência, nossa disposição para buscar soluções inovadoras e nossa competência para tomar decisões rápidas e corajosas. Por isso, esses colegas agregam valor à instituição.
Com a instalação da 9ª Câmara Criminal e da 21ª Câmara Cível, houve remoção dos desembargadores mais antigos. Alexandre Victor de Carvalho, Marcelo Rodrigues e Moacir Lobato vão para a 21ª Câmara Cível; o desembargador Adriano de Mesquita Carneiro segue para a 11ª Câmara Cível. As desembargadoras Kárin Emmerich e Valéria Rodrigues Queiroz foram removidas para atuar na 9ª Câmara Criminal.