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Em minas Covid, Influenza e doenças crônicas provocam lotação em enfermarias

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A alta demanda por leitos pode ter múltiplos fatores, segundo o infectologista e professor da UFMG Unaí Tupinambás.

FOTO: imagens ilustrativas – Paraná Central

Pelo menos três macrorregiões de saúde em Minas estão com os leitos clínicos lotados. De acordo com o painel da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), as regionais Central, Leste e Triângulo do Norte estão com a taxa de ocupação em 100% e a média estadual é de quase 85%. No caso das UTIs, a situação é melhor, com média está em 52,3%.

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A alta demanda por leitos pode ter múltiplos fatores, segundo o infectologista e professor da UFMG Unaí Tupinambás. Pode ser um efeito da Influenza, da chegada da variante ômicron e do atendimento a pessoas com falta de controle de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.

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Existe uma alta na demanda de atendimentos a pacientes com sintomas respiratórios e uma crescente significativa na taxa de positividade nos últimos dias de 2021, mas ainda não é possível afirmar se a pressão no sistema de saúde acontece por um efeito da ômicron. “Nossa expectativa é de aumento no número de casos, mas sem um acompanhamento de casos moderados ou graves. Temos que ficar de olho na letalidade”, afirma Tupinambás.

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Segundo ele, a África do Sul e o Reino Unido já verificam uma curva descendente de casos, sem grande impacto nas internações por causa da ômicron. “O cenário deve piorar nos próximos 15 dias, por causa do fim de ano, mas depois vai estabilizar e cair. Temos que ficar de olho é na UTI e na taxa de letalidade, que são nossas maiores preocupações”.

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Também infectologista e professor da Faculdade de Medicina da UFMG, Geraldo Cunha Cury explica que a pressão sobre os leitos reservados ao coronavírus está ligada à grande transmissão do vírus da gripe no fim de ano. Muitas dessas pessoas que adquirem sintomas graves acabam sendo internadas com suspeita de Covid, interferindo no monitoramento do Sars-Cov-2.

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“Estamos tendo uma epidemia de Influenza. Os sintomas da Influenza e da Covid são muito parecidos. Mas, enquanto não há exame para definir, a pessoa vai para o leito, é lógico. Se ela está com a saturação do oxigênio baixo e tem que ser internada, o diagnóstico é feito depois disso”, explica o professor.

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Cury adianta que a expectativa é de que a ômicron provoque muitos atendimentos para sintomas gripais, mas sempre pressão para internações por lesões pulmonares. “Os boletins da Inglaterra e de outros países indicam que a ômicron é muito mais contagiosa que as outras, inclusive a delta. Ela é muito mais de produzir uma infecção respiratória alta, na traqueia, nariz e garganta, do que no pulmão. A delta não. Ela afeta bastante o pulmão”.

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Fonte: https://www.otempo.com.br/cidades/covid-influenza-e-doencas-cronicas-provocam-lotacao-em-enfermarias-em-mg-1.2591800

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FOTO: imagens ilustrativas – Paraná Central