Em Mariana, segundo dados do Centro de Acolhimento de Animais (CAA), de janeiro a novembro de 2021, foram diagnosticados 31 cães com a doença. O veterinário do CAA, André Fernandes, afirma que a Leishmaniose é uma doença grave e que requer muita atenção da população, uma vez que o número de casos detectados no município tem aumentado gradativamente.
A Leishmaniose é uma zoonose transmitida através da picada das fêmeas do mosquito da espécie Lutzomyia longipalpis, mais popularmente conhecido como mosquito-palha. Ela é causada principalmente pelo protozoário das espécies Leishmania chagasi, que pode infectar cachorros, gatos e também humanos.
Os principais sintomas vistos nos animais acometidos por essa doença são: crescimento exagerado das unhas, queda de pelos, descamação da pele, emagrecimento, surgimento de feridas que não cicatrizam no corpo e orelhas, sangue nas fezes, entre outros. Ao identificar os sintomas procure um veterinário, pois, o quanto antes o animal for diagnosticado maiores as chances de o tratamento ser bem sucedido.
O tratamento da doença é feito com uso de medicações específicas e avaliação veterinária periódica. Os medicamentos visam diminuir a carga parasitária no sangue do animal, minimizando o risco de propagação do protozoário. Outra forma eficaz de amenizar o aumento da doença, é a prevenção do contato do animal com inseto transmissor, através do uso de coleiras repelentes. Existe ainda a possibilidade de proteção dos animais através da vacinação contra a doença.
Manter o ambiente que o animal vive sempre em boas condições e preservado, também é outra importante medida de controle da doença, uma vez que, o transmissor procria em ambientes com matéria orgânica em decomposição, por isso é necessário manter os locais de convivência sempre limpos.