O câncer de próstata é o tipo de câncer que mais atinge homens no Brasil, representando 30% dos casos. Mesmo assim, os debates sobre essa doença sempre são marcados por tabus, que muitas vezes são baseados em mitos que atrapalham a difusão de informações sobre a importância da prevenção.
Nesse sentido, a campanha Novembro Azul vem para alertar os homens sobre a urgência do diálogo sobre o câncer de próstata e para “incentivar que o homem tenha um médico urologista de confiança, para acompanhá-lo anualmente e, assim, garantir os exames em dia”, como destaca o professor Luiz Eduardo de Sousa. Luiz Eduardo é professor adjunto do Departamento de Ciências Biológicas (Debio) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Possui doutorado em Ciências Biológicas pela UFOP e mestrado em Saúde pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Luiz Eduardo fala da importância da campanha em novembro. “O Novembro Azul é importante, pois funciona como um lembrete para os homens se atentarem à prevenção e ao tratamento do câncer de próstata. Assim como os outros meses relacionados a doenças, novembro reforça a importância das práticas de prevenção, além de pressionar a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), fazendo com que ela regularize os planos de saúde privados, para que cubram os exames preventivos, o tratamento e a reabilitação pós-cirurgia ou a prostatectomia, que é o processo de retirada da próstata. Também, o mês de novembro incentiva que o homem tenha um médico urologista de confiança para acompanhá-lo anualmente e, assim, garantir os exames em dia”.
Segundo Luiz ainda existe muita dificuldade em falar sobre o câncer de próstata. “No projeto de extensão Educanato, nós atendemos diversos homens de Ouro Preto, e alguns realmente apresentavam uma dificuldade ou timidez para falar sobre o problema. Quando o homem pensa sobre o toque retal, não raramente surgem preconceitos e brincadeiras, o que faz com que se negue a fazer o exame. Então, infelizmente, ainda existe esse tabu para uma parcela da população masculina, e ele é fruto do desconhecimento sobre os exames relacionados ao rastreio do câncer de próstata”.
Confira a entrevista na íntegra no site: https://ufop.br/noticias/em-d