A suspensão de exportações de carne bovina do Brasil para a China completou um mês, nesta segunda-feira (4), com queda de 5% do preço da cotação do arroba do boi em Minas Gerais.
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Alguns frigoríficos deram férias coletivas para os funcionários como forma de minimizar os prejuízos. As informações foram repassadas pelo analista de agronegócios da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg), Wallisson Lara, nesta terça-feira (5).
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O Brasil suspendeu voluntariamente o embarque da proteína para a China em 4 de setembro, após dois casos atípicos do mal da “vaca louca” em frigoríficos do país.
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“Por mais que nós estamos passando pelo chamado ciclo pecuário, o embargo não deixa de pressionar a cotação em várias regiões do Brasil. Em Minas, o segundo maior rebanho bovino, não fica atrás. No acumulado, a queda no mês de setembro foi de quase 5% da cotação do arroba do boi”, disse Walisson.
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Os frigoríficos maiores direcionaram a oferta para o mercado interno, enquanto as empresas menores estão tendo dificuldade de se adequar. “Os frigoríficos maiores, que tinham competitividade, estão colocando essa carne que era destinada à China no mercado doméstico. E o fôlego dos pequenos é menor. Isso alonga as escalas de abate. Alguns já deram férias momentâneas para seus colaboradores, até que o mercado se ajuste”, detalha o analista.
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