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Vale investe em robôs para minimizar situação de risco e aumentar a segurança

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O EspeleoRobô já foi utilizado em mais de 15 serviços diferentes nas operações de Minas Gerais, Espírito Santo e no Pará.

O sonho dos escritores de ficção científica de ver robôs trabalhando lado a lado com os homens está se tornando realidade nas operações da Vale no Brasil. A empresa vem investindo em diferentes modelos de robôs para auxiliar os empregados em tarefas de manutenção, contribuindo para retirá-los de situações de risco e para o objetivo da empresa de se tornar referência em segurança na mineração. Atualmente a Vale trabalha com três principais modelos de robô: dois desenvolvidos pelo Instituto Tecnológico Vale (ITV), que se assemelham a “carrinhos”, e um adquirido a um fornecedor internacional, o Anymal, apelidado na empresa de “cachorrinho”.

Criado em 2010, o ITV mantém uma célula de robótica, que vem desenvolvendo robôs, drones e soluções de inteligência artificial (IA) para as operações. Em 2015 a área de Espeleologia da Vale iniciou o projeto do EspeleoRobô, que no ano seguinte foi assumido pelo ITV em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O dispositivo robótico operado remotamente, com câmeras e sistema de iluminação, capaz de se locomover em terrenos acidentados, foi projetado inicialmente para auxiliar os espeleólogos que prestam serviço para a Vale mapeando cavernas próximas às operações.

A partir de 2017, o EspeleoRobô começou a ser testado em outras funções operacionais, como inspeções em ambiente confinados, de difícil acesso para as pessoas. Já foram feitas inspeções em tubulações, galerias e drenos, além de serviços em equipamentos de usina, como mapeamento de moinhos de bolas e inspeção de dentes de britador. O EspeleoRobô já foi utilizado em mais de 15 serviços diferentes nas operações de Minas Gerais, Espírito Santo e no Pará. Seu sistema intercambiável de locomoção permite ao robô mover-se utilizando rodas, pneus, esteiras ou pernas, dando condições de mobilidade em diferentes tipos de terrenos e seu sistema de sensoriamento permite inspeção em alta resolução, geração de mapas tridimensionais, além de outras capacidades modulares.

O ITV está produzindo mais três unidades desse robô, que serão cedidas às operações de cobre no Pará e de minério de ferro em Vitória (ES) e Itabira (MG), onde serão empregados em inspeções de moinhos de usina, dutos e outros ambientes confinados.

Também está sendo desenvolvido pelo ITV o Robô para Serviços de Inspeção (ROSI), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pensado desde o início do projeto como uma ferramenta de inspeção em áreas operacionais da Vale, o ROSI tem como foco as correias transportadoras, um equipamento crítico para a mineração. Para isto, o ROSI transporta um braço robótico capaz de atuar com destreza no ambiente operacional, sendo capaz de reposicionar sensores e coletar amostras em lugares de difícil acesso. O robô começou a ser desenvolvido em 2017 e hoje está em fase de testes.  “Esses robôs foram criados dentro da Vale pelos próprios empregados e são uma tecnologia em constante evolução”, explica o pesquisador Gustavo Pessin, do ITV.