O Governador de Minas, Romeu Zema (Novo), se reuniu na manhã do último dia 24 com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), no Distrito Federal, para tratar de possível acordo sobre a tragédia socioambiental ocorrida em Mariana, na Região Central do estado, em 5 de novembro de 2015, quando uma barragem de rejeitos minerais da mineradora Samarco se rompeu e causou, além de imensurável dano ambiental até o Espírito Santo, a dor irreparável com a morte de 19 pessoas.
A ideia é criar um pacto semelhante ao fechado em fevereiro deste ano em relação à outra tragédia socioambiental envolvendo mineração: a de Brumadinho, também na Região Central. Em 25 de janeiro de 2019, uma barragem da empresa Vale se rompeu e provocou 270 mortes (9 corpos seguem desaparecidos), além de grandes danos ao meio ambiente. O “acordo da Vale” prevê R$ 37,68 bilhões para reparação em cidades de todas as regiões de Minas. Nenhuma reparação nesse sentido ocorreu em relação à tragédia causada pela Samarco em Mariana.
Rodrigo Pacheco disse que um acordo não passa pelo Senado diretamente, mas salientou o apoio à causa do governador. O senador também disse que o governador precisa se reunir agora com a União, o Ministério Público e o Judiciário para costurar uma reparação em comum, tendo como inspiração Brumadinho. “O estado, por meio de suas advocacias-gerais, devem se sentar à mesa com representantes da União, dos ministérios públicos e do Judiciário para chegar a um bom termo relativo à indenização” afirmou o parlamentar após o encontro.
“Não vamos ter a superação da perda de vidas, dos impactos na bacia ao longo do Rio Doce, porque com isso nós vamos conviver para sempre. Mas, ainda neste ano, é preciso dar uma solução devida a isso. É preciso uma grande conciliação. Embora o Senado não participe como sujeito, é nosso dever, como Casa democrática e de representação dos estados da Federação, dar condições para que esse acordo aconteça. Podem contar comigo”, completou Pacheco.