Mais um corpo foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros na área de inundação da Tragédia de Brumadinho, na Grande BH, nesta terça-feira (24/8). Se esse corpo é ou não de um dos 10 desaparecidos só o Instituto Médico-Legal (IML), da Polícia Civil, vai poder confirmar.
Segundo os bombeiros, o corpo estava na área que se denomina Remanso 1, ao lado direito do distrito de Córrego do Feijão, onde a barragem estava. “Pelo estado de integridade do corpo há uma forte possibilidade de se tratar de uma nova identificação”, informou a corporação.
O achado aconteceu por volta das 16h45 da última terça-feira (24). O processo de identificação leva um tempo indeterminado. Apesar do otimismo dos bombeiros, há chance de que o corpo seja de uma vítima já encontrada pelas autoridades.
A Polícia Civil deslocou uma equipe de peritos para iniciar os trabalhos de identificação. Foi o 942º dia da Operação Brumadinho do Corpo de Bombeiros. O último desaparecido encontrado foi o soldador da Vale Renato Eustáquio de Souza que identificado em 27 de maio deste ano (2021), mais de quatro meses depois que os bombeiros encontraram um fragmento do fêmur dele, em 14 de janeiro. Renato tinha 34 anos em 25 de janeiro de 2019, quando a Barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão se rompeu.
O governador Romeu Zema informou o encontro do corpo. ”Com incansável trabalho, os bombeiros de Minas localizaram hoje, por volta das 17h, mais uma joia ainda desaparecida na tragédia em Brumadinho. É um alento para as famílias que aguardam a localização e identificação das vítimas do rompimento da mina do Córrego do Feijão. Aparentemente uma vítima masculina, essa joia foi encontrada na região do Remanso 1. A esperança nos acompanha”, afirmou.
Identificação: Juliana Creizimar de Resende Silva, uma das 270 vítimas da tragédia de Brumadinho, teve o corpo identificado nesta quarta-feira (25). O reconhecimento, o 261º realizado pela Polícia Civil, acontece no dia em que o desastre completa dois anos e sete meses. Ao todo, nove pessoas continuam desaparecidas no meio da enxurrada de lama.
Quando morreu aos 33 anos, Juliana deixou um casal de gêmeos que, na época, tinha apenas 10 meses de vida. Os bebês também ficaram órfãos de pai, já que o marido de Juliana, Dennis Augusto da Silva, que tinha 34 anos, foi outra vítima da tragédia. Os dois se conheceram na mineradora Vale e morreram juntos, também no local de trabalho.