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Tarcisio Meira: Por que o ator morreu mesmo com duas doses da vacina contra a Covid-19?

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A morte do ator, que já estava vacinado com as duas doses contra a covid-19, levantou polêmica.

O ator, Tarcísio Meira, deixou o mundo da arte de luto no último dia 12. Tarcício estava com 85 anos e morreu em decorrência de complicações da Covid-19. Desde então foi levantada a questão sobre a morte dele, mesmo com duas doses da vacina contra a doença.

Especialistas explicam que a vacina não impede que a pessoa contraia a doença e nenhuma das que são oferecidas têm 100% de proteção. “Devemos chamar a atenção para dois pontos, o primeiro é que nenhuma vacina vai conferir 100% de proteção à população vacinada e isso por características de variação do sistema imunológico e dos indivíduos. Apesar da vacina ser eficiente em apresentar estruturas do vírus e o nosso corpo aprender a conhecê-lo sem adoecer e assim antecipar uma resposta com anticorpos e células de defesa, indivíduos que tenham uma fragilidade, alguma comorbidade ou mais idosos podem não gerar uma resposta tão eficiente e, quando entram em contato com o vírus, pode ocorrer a infecção e evoluir para a forma grave”, disse.

Outro fator importante é que as vacinas apresentam ao corpo humano algumas estruturas do vírus para que nosso corpo possa reconhecê-las de forma antecipada.

“A maioria das vacinas trabalha com o conceito de apresentar uma proteína que está na superfície do vírus que se chama ‘spike’, que é utilizado pelo coronavírus para se conectar às nossas células e a partir disso causar a infecção. Com a vacina, nosso corpo consegue bloquear e neutralizar o vírus, mas, quando uma mutação do vírus acontece, que são as variantes, a vacina pode não ser eficiente em produzir anticorpos contra ela e enganar nosso sistema imunológico e desenvolver a Covid-19 em sua forma grave”, explicou o médico.

Dr. João Carlos ainda reforça que, apesar dos questionamentos de parte da população, todas as vacinas distribuídas no Brasil são eficientes no controle do número de casos e da diminuição dos números de casos graves de Covid-19, mas fez uma ressalva.

“Em relação a uma vacina ser mais eficiente que outra, ainda não é possível se falar algo de uma forma geral, porque a medida que surgem novas variantes, precisam ser feitas novas análises sobre a eficiência da vacina em cima de cada variante. Mas o que é fato é que todas que são distribuídas no Brasil reduzem os casos e os casos de gravidade. O recado que fica é que a população se vacine para reduzir a transmissibilidade e assim a gente consiga um controle maior da doença”, alertou.