Após a flexibilização e volta do funcionamento dos comércios, a cidade de Mariana presenciou no último final de semana um festival de aglomeração com a Praça Gomes Freire lotada de marianenses sem máscara e sem o devido distanciamento proposto pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o quantitativo de pessoas estimado pela Polícia Militar é de que haviam, aproximadamente 1.500 cidadãos.
Com o avanço da cidade na onda amarela, segundo a macro e microrregião, o funcionamento de bares foi liberado. Segundo moradores que residem no entorno da praça conhecida como “Jardim”, o alto volume de som, a quantidade de pessoas e a falta de policiamento foram as principais reclamações. Segundo Ana Vilela, o que ocorreu foi desrespeito à humanidade e mesmo não sendo moradora próxima ao local, se disse estarrecida com o volume de pessoas. “Passei por lá e fiquei muito preocupada. Estar na onda amarela não dá o direito da aglomeração que eu presenciei, as pessoas perderam completamente a noção e ainda se acham no direito de culpar prefeito e vereador”, afirmou Ana.
Ouvidos por nossa reportagem, Igor Malta e Arthur Malta, proprietários do Bar Fábrica Pub, afirmam que a falta de policiamento preventivo é um problema que vem acontecendo com frequência. “O policiamento tem que ser constante de forma a ser uma ação preventiva e não corretiva como tem acontecido. Esperam o problema ocorrer para vir tomar a ação. Essas aglomerações e tumultos são pontuais. Temos responsabilidade sobre a parte interna do bar que a gente consegue controlar as aglomerações e tomar as providencias cabíveis. Na parte externa nós não temos autonomia de ação, mas entendemos que algumas ações podem ser tomadas para que essa situação não ocorra mais, uma delas é a proibição de carro de som, que é o que mais instiga as pessoas a aglomerar” explicaram.
Em reunião organizada pelo Jornal Ponto Final, estiveram presentes, representantes do comércio localizados no Jardim, moradores, representantes da Polícia Militar e Guarda Municipal e o Prefeito Juliano Duarte.
O executivo apresentou como medida preventiva o fechamento do comércio da Praça Gomes Freire a partir de meia noite (00h), proibição de vendas de bebidas em garrafa long neck, fechamento da rua no sábado a partir das 18h e no domingo a partir das 13h, fiscalização com aplicação de multas em carros de som e policiamento. Serão feitas distribuição de máscaras e folhetos de conscientização para a população que estiver sem. Como forma de impedir a sujeira no local, Juliano informou que estão sendo compradas lixeiras móveis.
Em sua fala, o Chefe do Executivo, pediu o apoio da Polícia Militar e a colaboração de todos para que situações como as presenciadas no último final de semana, não se repitam, e reconheceu as falhas que houveram. “Quando eu tomei conhecimento do vídeo que estava circulando pela cidade, eu fiz uma reunião no meu gabinete com a Guarda Municipal, Polícia Civil e Polícia Militar e disse que estamos falhando. Essas medidas estão sendo tomadas, e eu preciso muito do apoio da Polícia Militar. Quero dizer que essas medidas são provisórias e que tão logo migrarmos para onda verde, me comprometo em retornar com o projeto de mesas e cadeiras nas ruas, mas a fiscalização agora será feita”, finalizou Juliano.