A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 135/19, a PEC do voto impresso, foi rejeitada em votação no plenário da Câmara dos Deputados na noite desta terça-feira (10), por 218 votos contrários, 229 favoráveis e uma abstenção. A medida, que tornaria obrigatória impressão do voto depositado nas urnas eletrônicas, necessitava de maioria qualificada, com, ao menos, 308 sufrágios favoráveis.
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Grande parte das bancadas orientaram seus membros a votarem contra a aprovação, com exceção do PSL, Solidariedade e Podemos. Liberaram os parlamentares para qualquer uma das opções o PP, o Novo, o Patriota e o grupo formado por PSC, PROS e PTB. A bancada da maioria liberou seus membros e, a minoria, junto à oposição, orientaram o voto contra. A base governista orientou aprovação.
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A votação ocorreu mesmo após a PEC ter sido rejeitada por 22 votos a 11 em comissão especial na última sexta-feira (6). O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), argumentou que levaria a proposta a plenário, o que é incomum após rejeição em comissão especial, porque que a disputa entre Poderes da República em relação à proposta havia ido “longe demais” e que pautaria o texto para dar um fim “democrático” à discussão.
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“Para quem fala que a democracia está em risco, não há nada mais livre, amplo e representativo que deixar o plenário manifestar-se. Só assim teremos uma decisão inquestionável e suprema, porque o plenário é nossa alçada máxima de decisão, a expressão da democracia. E vamos deixá-lo decidir”, declarou
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