Objetivando o atendimento das especificidades de cada aluno, a prefeitura de Mariana, por meio da secretaria municipal de educação, em parceria com o Instituto São Rafael de Belo Horizonte, recebeu dois volumes do Plano de Ensino Tutorado (PET) que contém materiais em braile para o aluno Caio Martins Marcossi, do 8° ano do ensino fundamental do Centro de Educação Municipal Padre Avelar – CEMPA.
Os materiais em braile são produzidos no Instituto São Rafael, que há mais de 94 anos é referência em atendimento especializado à pessoas com vários tipos de deficiência visual. O Instituto acolhe todos os pedidos de suporte na área de atendimento às pessoas cegas ou deficientes visuais, principalmente referente a processos de aprendizagem, e também funciona como um dos Centros de Apoio Pedagógico às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) do Estado, conforme a Resolução SEE Nº2897, de janeiro de 2016.
O CAP é dividido em três núcleos. O de Produção de Tecnologia Assistiva desenvolve ações na produção de livros ampliados, de materiais em relevo, em braile, em áudio e em Mecdaisy (tecnologia interativa para produção de livros digitais) para alunos incluídos no ensino comum. “Tendo em vista sempre um trabalho que colabore com o processo de ensino e aprendizagem dos alunos públicos da educação especial, a rede municipal de Mariana conta também com seis salas de recursos para atendimento desses alunos sempre no contraturno. Nessas salas, atuam professores especializados que, a partir de ações planejadas, promovem intervenções que respeitam o tempo, as especificidades e as habilidades de cada estudante” explicou a secretaria de educação.
As salas são equipadas com materiais adequados e adaptados com alguns equipamentos eletrônicos, mobiliários, materiais pedagógicos e de acessibilidade que contribuem para o atendimento educacional especializado. As atividades realizadas nas salas de recursos têm a finalidade de complementar casos de alunos com deficiência, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suplementar, o aprendizado de altas habilidades, como a superdotação. Portanto, constituem-se em espaços de apoio à sala de aula comum, para que se ofereça meios e modos que efetive o real aprendizado dos estudantes. “No contexto pandêmico que vivenciamos, os professores do Atendimento Educacional Especializado realizam um trabalho colaborativo junto aos professores regentes objetivando a adequação/adaptação dos PETs e atividades complementares de acordo com as especificidades de cada aluno, sempre pautando nas potencialidades apresentadas por eles” finalizou.