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Presidente de comissão atribui atraso da CPI à delegado de Mariana

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Delegado rebate fala do vereador Zezinho Salete e explica o que compete à delegacia de Polícia Civil.

Em entrevista cedida ao Jornal e Tv Ponto Final, o vereador José Antunes Vieira (Zezinho Salete), questionado pelo diretor Rômulo Passos falou sobre o atraso da CPI que investiga ameaças recebidas pelo vereador Manoel Douglas (Preto dos Cabanas) após denúncias de contratos de empreiteiras em Mariana. Zezinho explicou como deu início a CPI, “Em reunião de Câmara uma suposta denúncia de ameaça contra o vereador Preto dos Cabanas, levou o presidente da Câmara, Ronaldo Bento, a tomar providências. No mesmo momento com muita transparência e sabedoria, o presidente nomeou uma comissão para apurar a denúncia feita pelo vereador”.

A comissão nomeada para investigação e abertura da CPI tem o vereador Zezinho Salete como presidente e em entrevista o mesmo cita que conclusão está perto do fim, porém, devido ao sigilo da investigações não dá detalhes mas garante transparência no esclarecimento dos fatos. “Nessa comissão fui nomeado como presidente, o vereador Ricardo Miranda como relator e o vereador Fernando Sampaio como vogal. Já fizemos uma décima quarta oitivas e tudo caminhou muito bem com muita transparência e clareza. E em todas as décimas quartas oitivas foi citado o nome de um empresário (Diretor da empresa GMP), e como foi citado em todos foi solicitado a presença  desse empresário que não quis comparecer. Eu procurei o jurídico da Casa, o procurador da Câmara, Corjesus Quirino, e ele me orientou que eu fosse até a delegacia de Polícia Civil para tomar as devidas providências e assim eu fiz há trinta dias atrás e comuniquei ao delegado, Dr. Cristiano, que no primeiro momento achava que não era conveniente e que não era da competência dele convocar. Mas que ele iria analisar e me falaria posteriormente, expliquei a ele que não era pessoal e que eu havia sido orientado pelo jurídico. O delegado então disse que me daria um retorno e assim o fez, dizendo que passaria o caso para o delegado regional visto que ele estaria saindo de férias. Então eu comecei a ir com frequência na intenção de obter uma resposta e não estava tendo resulto. Na última quinta-feira (24) eu voltei lá e fiquei sabendo que o empresário então será ouvido essa semana agora. Então é esse o motivo do atraso da CPI e podem ter certeza que será com muita transparência, com muita sabedoria de acordo com o regimento e estamos aguardando agora só para juntar e fazer o relatório final para ver o que será feito” concluiu Zezinho Salete.

Perguntado pelo diretor, Rômulo Passos, se haveria outras pessoas envolvidas nessas ameaças Zezinho é categórico “No momento somente o nome dele foi citado em todas oitivas. Estamos fazendo o papel da comissão e agora cabe ao relatório final. Como é um trabalho sigiloso ainda não podemos passar maiores informações mas acredito que dentro de poucos dias o resultado final sairá e repassaremos à toda população” finalizou.

Procurado por nossa redação, o delegado de Mariana, Dr. Cristiano Castelucci, explicou que ao ser feito registro na delegacia, o vereador Preto não citou nomes de quem o estaria ameaçando e dessa forma não haveria o que ser feito pela delegacia de Polícia Civil, explicando que não cabe ao delegado intimar quando não há procedimento instaurado. “Ele (Zezinho) falou que queria ouvir uma pessoa, porque o cara não obedecia e não ia de jeito nenhum lá na CPI deles e ele me perguntou se eu não poderia intimar e ouvir o cara. O vereador Preto foi lá e fez a ocorrência e não mencionou ninguém que teria ameaçado ele, só falou que se sentiu ameaçado, mas não tinha autoria. Aí eu pedi para que ele (Zezinho) fizesse um requerimento que iria dar uma analisada. Só que quando ele fez o requerimento eu já estava de licença então pedi que ele encaminhasse esse requerimento ao delegado regional que era quem estava me substituindo, e eu não tenho ciência do que o regional fez. Mas de qualquer maneira não é uma coisa nossa, é coisa deles. Seria um quebra galho para eles e poderiam tentar aproveitar algo que tivéssemos feito, mas até então não tinha procedimento nenhum instaurado. Como ele quer que eu ouça uma pessoa sem ter um procedimento instaurado? Não tem como” explicou Castelucci.

Cristiano falou sobre a conversa que teve com o edil Zezinho e que o orientou que sem representação não haveria o que ser feito. “Ele (Zezinho) foi na delegacia, conversou comigo e eu expliquei isso para ele e eu não cheguei nem a ler o requerimento. De qualquer maneira o delegado pode ler e entender que não tem que fazer nada porque não tem autoria indicada contra a ameaça que foi feita contra o Preto. Depende de representação e se não tem autoria ele vai representar contra quem? Ele (Preto) não fez a representação para que fosse feita a investigação então não tem nenhum procedimento. Agora, não estamos lá para cumprir requisição de poder legislativo, de jeito nenhum. Isso não existe. São esferas diferentes, seria uma gentileza se tivesse um procedimento instaurado e essa pessoa tivesse sido ouvida eu poderia até oferecer cópia ou algo nesse sentido”, finaliza o delegado.