Os deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) ficaram esperançosos, durante visita realizada pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia na manhã da sexta-feira (21) referente a possibilidade de fabricação de uma vacina mineira mais eficiente contra a Covid-19 e suas variantes pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 2022, deixou
Foram recebidos no Centro de Tecnologia de Vacinas (CT-Vacinas) da UFMG: a deputada Beatriz Cerqueira (PT) e os deputados Bartô (Novo), Coronel Henrique (PSL) e o deputado federal Rogério Correia (PT-MG), onde assistiram a apresentação do coordenador do Centro de Pesquisas, Ricardo Tostes Gazzinelli. Eles também tiveram a oportunidade de visitar os laboratórios, onde está em fase de desenvolvimento a SpiNTec, vacina contra a Covid-19 produzida pelos pesquisadores mineiros em parceria com a Fiocruz e o Ministério da Ciência e Tecnologia.
A vacina apresentou resultados muito animadores em animais, por ser muito eficiente em estimular o sistema imunológico, incluindo níveis altos de anticorpos e de resposta de linfócitos T. Ela também seria mais eficiente contra as variantes da Covid-19 que as vacinas atuais, por usar proteína recombinante. A proteína N não é tão exposta, por isso não é tão sujeita às mutações.
Ainda há várias etapas até a produção industrial da vacina. “Agora estamos buscando recursos para produzir o lote piloto de vacinas e fazermos os testes de segurança, para depois submetermos a vacina à Anvisa e, em dezembro deste ano, se tudo der certo, iniciarmos a Fase 1, de testes em humanos”, explicou. O pesquisador ressaltou, no entanto, que o País anualmente gasta dezenas de bilhões de reais com transferência de tecnologia e é fundamental pensar em investimentos a médio e longo prazo para uma cadeia de produção 100% brasileira, que não dependa de insumos estrangeiros, garantindo a soberania nacional no combate a pandemias e epidemias. “Agradeço o apoio dos deputados nesse momento crítico. Eu acredito que isso vai permitir que nossos projetos avancem, não apenas na resolução desta questão de calamidade pública que enfrentamos, mas também no nosso plano estratégico de termos no Estado um centro de tecnologia de vacinas que pode mudar o panorama da biotecnologia no País. Precisamos estar preparados para enfrentar novas pandemias, epidemias e inclusive combater doenças negligenciadas pela indústria, mas que continuam a ser grande problema pro País, como a dengue e a malária”, explicou.